Notícias

FMI analisa Bitcoin e ouro, apontando maior confiança no metal

O Fundo Monetário Internacional (FMI) trouxe à tona uma questão interessante esta semana: por que o ouro ainda mantém seu valor em um mundo repleto de ativos digitais? Segundo a instituição, a resposta está na confiança que o metal carrega ao longo de milênios.

Enquanto estamos quase no final do ano, o Bitcoin enfrenta uma queda de 5,9%, enquanto o ouro não para de brilhar, subindo 65,5% em 2025. O FMI explica que o ouro passou de uma simples âncora monetária a um refúgio seguro para investidores. Em tempos de incerteza, ele se tornou o ativo preferido.

Bitcoin e Ouro: Valores em Perspectiva

O FMI destaca que, como qualquer ativo, o ouro viu seus preços disparar nos últimos anos. Essa alta se deve, em grande parte, a uma demanda crescente que supera a oferta. Países como China, Índia, Turquia e Polônia têm adquirido grandes quantidades do metal amarelo, buscando diversificar reservas e reduzir a vulnerabilidade em relação ao dólar.

Com o mundo se tornando cada vez mais fragmentado, o ouro se destaca por ser neutro, não pertencer a uma única nação e não ter risco de contraparte. Para se proteger politicamente, essa característica faz do ouro um ativo ainda mais atraente.

O FMI ainda aponta que o valor duradouro do ouro se baseia em três aspectos: escassez, durabilidade e confiança. A cada ano, a oferta do metal cresce cerca de 1,5%.

Embora o Bitcoin possua algumas semelhanças com o ouro, essa comparação não é tão simples. O texto do FMI enfatiza que o Bitcoin é volátil e intangível, enquanto o ouro é uma realidade física, imune a falhas tecnológicas ou restrições regulatórias.

“O Bitcoin representa o futuro da especulação, enquanto o ouro guarda a memória da fé coletiva”, afirma o FMI. Enquanto a percepção sobre o ouro como ativo valioso é universal, o mesmo não acontece com o Bitcoin, que ainda precisa conquistar essa confiança.

O Futuro do Bitcoin nas Próximas Gerações

Apesar das barreiras atuais para a adoção do Bitcoin, essa realidade pode mudar nas próximas gerações. Para os mais jovens, ele poderá se tornar tão comum quanto o ouro, sem necessidade de questionamentos.

Um grupo de estudantes da Universidade de Stanford colocou isso em perspectiva ao afirmar que, no livro “Sapiens”, Yuval Noah Harari mostra o poder humano em criar “realidades imaginadas”. Nesse contexto, o Bitcoin é uma realidade imaginada poderosa na era digital, surgindo como uma das melhores reservas de valor.

Essa mudança já é visível em alguns países menores, como El Salvador e Butão, que tem até planos de criar uma nova cidade voltada para o uso de criptomoedas. Por outro lado, bancos centrais de grandes potências econômicas também estão começando a considerar a compra de Bitcoin.

A conversa sobre ouro e Bitcoin nos lembra de como o valor pode ser definido pelo tempo e pela história coletivas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo